domingo, 21 de outubro de 2012

Desligando o computador com o Shutdown.bat.. Criar um ficheiro para desligar ou agendar encerramentos do windows..

Vamos aprender a criar um arquivo que quando executado irá desligar o computador. Desligar apenas um computador ou também desligar outros computadores da rede.

Entendendo o comando Shutdown

shutdown - Em ingles significa 'Desligar'.
-s - Parametro para desligar o sistema (por default em 30 segundos).
-c - Parametro para escrever uma mensagem junto ao código.
-t - Parametro que determina quantos segundos será aguardado para o “desligamento”
-r - Parametro que reinicia o computador.
-f - Parametro que força o encerramento dos programas abertos.
-l - Parâmetro usado para efetuar logoff.
-m - Parâmetro usado para estabelecer o computador que será desligado. (Exemplo: shutdown -s -t 20 -f -m \\micro1)
-i - Exibe uma interface gráfica para você desligar um ou mais computadores (Entre no MS-DOS e digite shutdown -i para exibir a interface e configurar o desligamento).
-a - Quando executado bloqueia o processo de desligamento do comando shutdown.

Obs.: Para o parametro -m, caso você não saiba os nomes dos computadores da rede, o que você pode fazer é ir de computador em computador e clicar com o segundo botão do mouse no ícone Meu computador, em seguida clique em Propriedades. Vai aparecer uma janela, dentro dela, navegue ate a aba Nome do Computador e lá você encontrará o nome do computador desejado.

Criando o arquivo Shutdown no bloco de notas

Abra o bloco de notas (Iniciar > Programas > Acessórios > Bloco de notas). Digite a seguinte linha de comando:

shutdown -s -c "Uma mensagem qualquer" -t 15

Agora clique em Arquivo > Salvar Como. Um detalhe importante: Salve o arquivo com o nome que desejar, porém a extensão dele tem quer ser .bat. Portanto o nome do seu arquivo ficará mais ou menos assim: "Shutdown.bat". Pronto, agora seu arquivo .bat ja está pronto.

Criando um atalho para o Shutdown

Essa opção nada mais é do que um atalho com o comando mostrado acima caso você não queira criar o arquito.bat no bloco de notas.

Na área de trabalho clique com o segundo botão do mouse. Clique em novo > atalho.






A seguinte janela é exibida. Digite o seguinte comando:
Shutdown –s –t 10 –f



Agora clique em avançar. A seguinte janela é exibida. Nessa janela, digite o nome do seu atalho, como por exemplo: Shutdown.



Pronto, seu atalho para o Shutdown foi criado.

Alterando o ícone do seu atalho ou arquivo.bat

Para alterar o ícone, clique com o segundo botão do mouse no seu arquivo e em seguida clique em Propriedades. A seguinte janela é exibida.



Agora clique no botão Alterar ícone e escolha o ícone que deseja colocar no seu arquivo.





Um bom ícone seria algo que você pudesse identificar facilmente como:



Note que na lista de ícones que aparecem você tem a opção do ícone acima(Canto direito da imagem na parte de baixo).

Configurando os computadores para serem desligados via Rede

Primeiramente devemos ir até o Painel de Controle. Para isso clique em Iniciar > Configurações > Painel de Controle. A janela que será exibida é essa.



Agora clique em Ferramentas Administrativas e em seguida clique em Diretiva de Segurança Local. No painel esquerdo acesse o diretório Diretivas Locais e o subdiretório Atribuição de Direitos de Usuário como mostra a figura abaixo.




Será exibido os direitos de usuário e a quem cada um está atribuído (Painel àdireita). O primeiro direito que vamos configurar é o Desligar o Sistema. Para isso de um duplo clique no mesmo ou com o botão direito > propriedades, será exibida uma tela.



Note que os Administradores, os Operadores de Cópias, Usuários e Usuários Avançados já estão atribuidos ao direito de Desligar o Sistema. Agora vamos adicionar um usário ou grupo, para isso basta clicar em Adcionar Usuário ou Grupo e a seguinte tela irá ser exibida.




Agora digite o nome dos Usuários que terão o direito de desligar o sistema. No meu caso coloquei o meu nome. Feito a inclusão dos usuários, clique em Ok e vamos para a proxima etapa.

Voltando agora naquela janela anterior (Diretivas Locais), você verá um direito chamado "Forçar o desligamento a partir de um sistema remoto". De dois cliques ou um clique com o segundo botão do mouse e em seguida clique em propriedades. Geralmente esse direito está habilitado apenas para o administrador da máquina, o que você precisa fazer é o mesmo procedimento feito anteriormente. Basta clicar em Adicionar Usuário ou Grupo e em seguida adicionar os usuários.



Esse procedimento tem que ser realizado em todas as máquinas da rede. Feito esses procedimentos os computadores ja podem ser desligados via Rede pelo comando shutdown -m. (Exemplo: shutdown -s -t 20 -f -m \\micro1)

Agendando desligamento automático

Vamos utilizar o nosso Shutdown.bat para agendar um desligamento automático do computador.

Clique em Iniciar > Painel de Controle > Tarefas Agendadas > Adicionar Tarefa Agendada. A seguinte janela é exibida. Agora clique em avançar.




Agora clique em procurar e encontre o arquivo ou atalho (Shutdown) que você criou anteriormente. Depois de selecionar o arquivo clique em Ok e em seguida avançar.




Escolha um nome para sua tarefa e como ela vai ser executada. Obs.: Só não escolha "Ao iniciar o computador" e nem "Ao fazer logon", pois isso irá desligar o computador assim que você ligar a máquina. Clique em avançar.



Nessa parte vamos configurar a hora da execução da tarefa, e o periodo em que ela deve ser executada. Após realizar a configuração clique em avançar.



Caso seu usuário tenha senha, digite-a e clique em avançar. Obs.: Essa tarefa só vai funcionar se você tiver permissões de Administrador.



Feito todos os passos anteriores é só clicar em concluir, caso queira ver as propriedades da sua tarefa novamente selecione a opção "Abrir as propriedades avançadas...." ou acesse novamente o Painel de Controle > Tarefas Agendadas > De um duplo clique na tarefa que você criou e as propriedades serão exibidas.




Pronto agora você já agendou um desligamento automático do seu computador.

sábado, 28 de abril de 2012

Cloud Computing – O Futuro da Computação está na Nuvem

Cloud Computing – O Futuro da Computação está na Nuvem
Postado por Rafael Russo em quarta-feira, 26 janeiro, 2011 | 5 comments

Para 2011 o conceito Cloud Computing é um dos conceitos em destaque na área de TI. Atualmente muitos profissionais de TI ainda encaram cloud computing como um termo da moda e não deram a atenção devida a ele. Bem, posso dizer que por algum tempo, o conceito realmente foi um modismo, mas a computação em nuvem entrou em outro nível. Neste ano as empresas já enxergam este modelo de infraestrutura como um potencial alavancador de negócios e meio viável para redução de custos. Além disso, muitas empresas já se iniciaram na virtualização, que é uma etapa fundamental antes de se implementar serviços a nuvem.

Mas o que é Cloud Computing ou Computação em Nuvem?

Embora pareça ser uma tecnologia recente, ela não é. Esta tecnologia começou a ser investigada em 1960 por John McCarthy, um grande impulsionador desta tecnologia. Tendo em conta que o início desta investigação começou já há cerca de 40 anos, o seu sucesso é mais recente.
A partir de 2007, grandes empresas como a Google, Microsoft e IBM vêm desenvolvendo várias pesquisas em torno desta tecnologia, conseguindo um crescimento emergente e avassalador.

Esta tecnologia, consiste na gestão e oferta de aplicações, dados e informação como um serviço, que é fornecido pela Internet. Este serviço fornece a utilização de memória, armazenamento através de computadores e servidores compartilhados e interligados pela rede.

Este serviço pode ser utilizado em qualquer lugar, a qualquer hora, sem necessidade de Hardware específico e sem necessidade de armazenamento. Sendo o carro chefe desta tecnologia o acesso rápido e fácil através da Web.

Dentro de todo este contexto, o PC será apenas uma "Caixa Vazia" ligada à internet. Seus únicos dispositivos serão o teclado, mouse, monitor e talvez alguma impressora.

A Divisão – Cloud Computing é dividida em cinco tipos:

IaaS – Infrastructure as a Service ou Infra-estrutura como Serviço: quando se utiliza uma porcentagem de um servidor, geralmente com configuração que se adeque à sua necessidade.

PaaS – Plataform as a Service ou Plataforma como Serviço: utilizando-se apenas uma plataforma como um banco de dados, um web-service, etc. (p.ex.: Windows Azure).

DaaS – Development as a Service ou Desenvolvimento como Serviço: as ferramentas de desenvolvimento tomam forma no cloud computing como ferramentas compartilhadas, ferramentas de desenvolvimento web-based e serviços baseados em mashup.

SaaS – Software as a Service ou Software como Serviço: uso de um software em regime de utilização web (p.ex.: Google Docs , Microsoft Sharepoint Online).

CaaS – Communication as a Service ou Comunicação como Serviço: uso de uma solução de Comunicação Unificada hospedada em um Data Center do provedor ou fabricante (p.ex.: Siemens Enterprise , Locaweb, UolHost).

Os Serviços na nuvem são:

Hoje em dia surgem cada vez mais serviços na Nuvem, abrangendo vários tipos de serviços, desde uma simples aplicação, armazenamento até serviços de e-mail.

Storage – armazenamento de Dados:

Um dos serviços que fortemente cresceu com o Cloud Computing foi o armazenamento de dados na internet. Este serviço é bastante interessante porque permite guardar arquivos como música, vídeos, imagens e documentos on-line, permitindo o seu acesso em qualquer lugar e a qualquer hora de qualquer computador. Em termos de segurança, estes serviços garantem mecanismos para que cada usuário acesse devidamente apenas aos seus arquivos e documentos, eliminando a possibilidade de obter acesso a documentos e arquivos de outros usuários.

Alguns exemplos são SkyDrive da Microsoft, Flickr e o muito comentado Dropbox, entre outros, havendo alguns serviços que são pagos e outros que são disponibilizados gratuitamente.

Cooperativismo – Trabalho Corporativo:

Há ocasiões em que, quando geramos algum documento, precisamos da opinião de algum colega quer seja no trabalho ou nos estudos. O e-mail é uma opção mais demorada porque temos que primeiro enviar o documento e depois esperar resposta, e assim sucessivamente até existir um acordo.

A Cloud Computing veio para alterar isso, pois oferece aos usuários uma forma de tornar essa tarefa muito mais simples. Este serviço permite que grupo de usuários trabalharem em um mesmo documento ou projecto em tempo real, isso mesmo, "Real Time", tornando o que, pelo método de envio de e-mails, demoraria dias ou semanas, trocando pelo simples e rápido, ficando pronto em algumas horas. A empresa Google foi a pioneira neste tipo de serviços criando, em 2009, o Google Wave.

Alguns exemplos são como referidos, o Google Wave, Spicebird, Mikogo, Stixy, Vyew, entre tantos outros.

Conteúdo fácilitado – Escritório Virtual:

Na maioria das vezes o usuário não precisa se preocupar com o sistema operacional e hardware que está usando em seu computador pessoal, podendo acessar seus dados na "nuvem computacional" independentemente disso, o processo incomodo de instalar aqueles programas necessários para criar documentos de texto, apresentações, planilhas de gráficos, entre outros, trabalhar com estas aplicações na internet é uma inovação fantástica. As principais vantagens destes serviços são a acessibilidade, o armazenamento na rede, potencialização do trabalho corporativo e, principalmente, a inexistência de aplicações instaladas em nosso computador.

Alguns exemplos de serviços são o Google Docsm Ajax13, ThinkThree e Microsoft Office Live.

Hardware – O Poder de Processamento:

Já pensou ter servidores, aplicações, equipamentos de rede, entre outros sem a necessidade de os comprar, e tudo isso em um só serviço na rede? Estes serviços permitem ao usuário, sempre que precise de processamento extra, ter acesso ao mesmo em apenas um só local na rede.Alguns exemplos destes serviços são o Windows Azure da Microsoft, o EC2 da Amazon EC2, o AbiCloud, Elastichosts e o serviço Nebula da NASA.

Segurança – Estarei seguro na Nuvem ?

Dois grandes serviços de segurança na Cloud são o Cloud Email Protection e o Cloud Internet Protection, ambos da empresa Panda. O Cloud Email Protection tem como objetivo a gestão de usuários e sincronização de dados via LDAP e SMTP.


Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

O Cloud Internet Protection tem como objetivo principal monitorar e controlar os protocolos P2P, e ainda disponibiliza proteção contra falhas dos browsers (Navegadores).

Um futuro nem tão distante assim…

Como estamos vivenciando atualmente, a adoção da computação em nuvem é inevitável e exige ações imediatas dos profissionais da área, por exemplo: O mercado de suporte técnico, tende a se dividir em duas áreas: O trabalho de ajudar usuários finais com questões bastante simples e s e o trabalho de alto nível em manter a infraestrutura rodando em 100%. Há também novas tarefas como compra de novos recursos, treinamentos e atividades.

Se uma organização mudar para uma oferta completa de cloud como o Google Apps for Business, uma parte significante da infraestrutura e das atividades relacionadas são erradicadas. Consecutivamente geraria uma redução de custos neste processo, pois não haveria necessidade de manter um servidor de e-mails ou de arquivos, porque todos os dados são hospedados no Google.

Os benefícios:

Como descrevi acima, a utilização da Computação em Nuvem ou Cloud Computing permitiria a realização do mesmo trabalho em um espaço de tempo drasticamente reduzido (poucas horas ou minutos) sem grandes investimentos em uma plataforma de processamento compatível com o trabalho. O custo seria proporcional ao tempo de utilização do serviço ou correspondente ao custo de uma assinatura, por exemplo. O potencial mais evidente dessa tecnologia é revolucionar a equação econômico-financeira de como uma empresa adquire e paga TI. São tecnologias que exigem investimentos praticamente nulos, transformando custos fixos em custos variáveis. Além disso, como são pagas pelo uso, em princípio, a curva de gastos é paralela à curva de receitas. Mas não é só isso. Com suas características de agilidade, flexibilidade, escalabilidade e acesso, podem revolucionar o desenho de processos de negócio. Essa inovação trazida por processos de negócio radicalmente novos deve resultar em um salto no valor que TI entrega ao negócio.

Por onde eu começo ?





Nesse caso, devemos começar do modo mais básico. Primeiramente dar inicio em como entender as diferenças da nuvem em termos de infraestrutura, softwares e plataforma, além de saber como quando e onde usá-la. Há, no mercado, muitos livros bons à respeito, com conteúdo teórico e conselhos práticos. Além disso, a cobertura que a a internet nos oferece sobre o assunto, como aqui no escreveassim.com.br, podemos obter um conteúdo rico a respeito do tema ao longo do tempo.

A computação em nuvem é algo extremamente grande em matéria de conhecimeto e já está na hora de pensarmos nas grandes vantagens que vem por aí, então aguarde maiores novidades aqui no escreveassim! ;)
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carreira

Profissional de TI precisa se preparar para a computação em nuvem
Por Infoworld/EUA
Publicada em 06 de janeiro de 2011 às 08h00
Atualizada em 06 de janeiro de 2011 às 18h34

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Profissional que ainda não prestou atenção ao conceito deve desenvolver estratégia para recuperar tempo perdido.

Muitos profissionais de TI estão mal preparados para o avanço contínuo dos sistemas e infraestruturas baseados no conceito de cloud computing. Apesar de ser compreensível durante o ano de 2010, em 2011 esse desconhecimento pode ser um fator limitador para a carreira.

Muitos desses profissionais ainda encaram cloud computing como um termo da moda e não deram a atenção devida a ele. Por algum tempo, o conceito realmente foi modismo, mas a computação em nuvem entrou em outro nível. As empresas já enxergam o modelo de infraestrutura como potencial alavancador de negócios e meio para redução de custos. Além disso, muitas já avançaram na virtualização, considerada etapa fundamental antes de se implementar a nuvem.

Para os profissionais recuperarem o tempo perdido, o chefe de tecnologia da Blue Mountains Labs, empresa de projetos de cloud computing, dá alguma sugestões de uso de computação em nuvem para alavancar a carreira.

1 – Foco na educação
Nesse caso, deve-se começar do básico, como entender as diferenças da nuvem em termos de infraestrutura, softwares e plataforma, além de saber como quando e onde usar. Há, no mercado, literatura muito boa a respeito, com substância teórica e conselhos práticos. Além disso, a cobertura que a imprensa faz do assunto, como o site da Computerworld, possui um conteúdo rico a respeito.
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segurança da informação

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Formatar trabalhos acadêmicos 2ª parte

Esta é a segunda parte da série Como formatar uma monografia pelas normas ABNT do início ao fim. Seguindo a estrutura planejada na parte 1, aqui continuaremos com a formatação dos elementos pré-textuais. Mostraremos como formatar a folha de aprovação, o resumo na língua vernácula e na língua estrangeira e como inserir e formatar o sumário. Também daremos início à formatação dos elementos textuais, com a formatação do corpo do texto.
Logotipo ABNT
Na primeira parte mostramos a estrutura de um trabalho acadêmico (TCC/TFG, monografia, dissertação, tese). Também detalhamos como formatar fonte, tamanho do papel, margem, parágrafo (recuo e espaçamento), como inserir quebra de página e, por fim, fizemos uma capa e uma folha de rosto de acordo com as normas da ABNT.

Relembrando a estrutura de um trabalho acadêmico seguindo as normas ABNT:
  1. Parte 1
    • Norma ABNT para trabalhos acadêmicos;
    • Estrutura de uma monografia;
    • Regras gerais de formatação;
      • Como formatar o tipo e o tamanho da fonte;
      • Como formatar o tamanho do papel;
      • Como formatar a margem;
      • Como formatar o parágrafo (recuos e espaçamento);
    • Formatação dos elementos pré-textuais;
      • Como formatar a capa;
      • Como formatar a folha de rosto;
  2. Parte 2 — este artigo!
    • Formatação dos elementos pré-textuais (cont.);
      • Como formatar a folha de aprovação;
      • Como formatar o resumo na língua vernácula;
      • Como formatar o resumo na língua estrangeira;
      • Como inserir e formatar o sumário;
  3. Parte 3
    • Formatação dos elementos textuais;
      • Como formatar o corpo do texto;
    • Formatação dos elementos pós-textuais;
      • Como formatar as referências bibliográficas;
      • Como formatar apêndices;
      • Como formatar anexos;
    • Como inserir e formatar cabeçalho e rodapé;
      • Como inserir e formatar números de páginas;
      • Como inserir e formatar notas de rodapé;
Na parte 1, terminamos com nosso modelo de monografia com a capa e folha de rosto iguais aos das figuras abaixo:
Modelo de capa ABNT
Modelo de folha de rosto ABNT
Para ver ou relembrar como chegamos até este ponto, veja Como formatar uma monografia pelas normas ABNT do início ao fim [Parte 1].
Agora, enfim, vamos à Parte 2.

Como formatar a folha de aprovação

A folha de aprovação é um elemento obrigatório para monografias, dissertações, teses e TCC/TFG. Ou seja, todos os trabalhos acadêmicos sujeitos à aprovação de uma banca ou algo do gênero.
A folha de rosto deve conter nome do autor, título e subtítulo, natureza, objetivo, nome da instituição à qual o trabalho será submetido, área de concentração, data de aprovação, nome e titulação dos membros da banca examinadora e suas respectivas assinaturas.
Sendo assim, a folha de aprovação terá aparência bem semelhante à da folha de rosto. A principal diferença é a lista de membros e assinaturas dos componentes da banca examinadora.
Nosso primeiro passo aqui será inserir uma quebra de página logo após o ano da folha de rosto (a última linha da folha de rosto). Caso tenha dúvidas para inserir uma quebra de página, leia a seção específica sobre este assunto na Parte 1.
A formatação destes elementos é feita de maneira semelhante aos da folha de rosto:
Geral – Alinhamento do texto centralizado; tipo e tamanho de fonte iguais ao do restante do texto; sem recuo algum, nem mesmo para a primeira linha do parágrafo.
Nome do autor – Deixar entre dois e quatro espaços de 1,5 entrelinha da margem superior. Na linha seguinte, escrever o nome do autor. Caso haja mais de um autor, colocar um por linha.
Título – Deixar entre dois e quatro espaços de 1,5 entrelinha após a última linha do nome do autor. Na linha seguinte, escrever o título do trabalho todo em maiúsculas. Caso haja subtítulo, deve ser escrito uma linha abaixo, porém apenas com a primeira letra em maiúscula.
Natureza e objetivo – Deixar três espaços de 1,5 entrelinha após a última linha do título. A norma exige que este elemento fique posicionado do meio da página para a direita. Para isso, vá novamente na janela de formatação de parágrafo (veja acima nas regras gerais). No campo Recuo – Esquerda digite 8,15 cm e clique em OK.
3-como-formatar-espacamento-entre-linhas
7-recuo-esquerda
Na linha seguinte, escrever a natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido; área de concentração.
Data de aprovação – Deixar um espaço de 1,5 entrelinha após a natureza e objetivo e configure novamente o parágrafo para alinhamento justificado, com recuo de 1,25 cm na primeira linha (caso tenha dúvidas, veja novamente a Parte 1). Escreva “Aprovado em (dia de aprovação) de (mês de aprovação) de (ano de aprovação)”.
3-como-formatar-paragrafo
Assinaturas – Deixar dois espaços de 1,5 entrelinha após a data de aprovação. Na linha seguinte, novamente com texto centralizado e todo em maiúsculas, escrever “BANCA EXAMINADORA”. Deixar novamente dois espaços de 1,5 entrelinha e inserir uma linha para assinatura do primeiro membro da banca examinadora. Na linha abaixo, também centralizado, escrever o nome do primeiro membro e a instituição a que pertence. Deixar outro espaço de 1,5 entrelinha. Repetir estes passos para mais dois componentes de banca examinadora, totalizando três assinaturas.
No fim, a folha de aprovação ficará semelhante à figura abaixo.
Modelo de folha de aprovação ABNT

Como formatar o resumo na língua vernácula e na língua estrangeira

As regras para elaboração do resumo são descritas na norma ABNT NBR 6028. Ele é composto de um único parágrafo “de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos, não ultrapassando 500 palavras”. Logo abaixo, deve-se incluir as palavras-chave do trabalho.
O primeiro passo, como sempre, é incluir uma nova quebra de página no fim da folha de aprovação. Isso nos trará uma nova folha em branco, que usaremos para o resumo. Mais uma vez, a ABNT não é rígida com todos os elementos do resumo, portanto há bastante variação na aparência geral encontrada nos trabalhos publicados. O exemplo a seguir é uma sugestão.
Deixe entre quatro e cinco espaços de 1,5 entrelinha no topo da página. A ideia é deixar o parágrafo de resumo logo acima do centro vertical da folha. Na linha abaixo, escreva a palavra “RESUMO“, toda em maiúsculas e em negrito.
Deixe mais um espaço de 1,5 entrelinha e, abaixo, digite o parágrafo de resumo, com até 500 palavras, com texto justificado e recuo de 1,25 cm na primeira linha. Algumas pessoas gostam de escrever o resumo com espaçamento simples. Eu prefiro manter o padrão de todo o restante do trabalho e usar espaçamento 1,5.
Na linha abaixo, logo após o fim do parágrafo de resumo, escreva “Palavras-chave: ” com recuo de 1,25 cm e em negrito. Em seguida, digite entre três e cinco palavras-chave com a primeira letra maiúscula e separadas por ponto final.
Seu resumo na língua portuguesa está pronto.
Modelo resumo ABNT português
O resumo na língua estrangeira segue o mesmo formato, mas deve ficar em uma folha à parte. Falta, então, inserir uma quebra de página e repetir toda a formatação acima para o resumo em língua estrangeira. No entanto, lembre-se de escrever as palavras “resumo” e “palavras-chave” na mesma língua do parágrafo de resumo. Por exemplo, para resumos em inglês, deve ser usado “ABSTRACT” e “Keywords: “.
Modelo resumo (abstract) ABNT inglês

Como inserir e formatar o sumário

As regras para elaboração do sumário estão descritas na norma ABNT NBR 6027. Acredito que o sumário é uma das seções de um trabalho acadêmico que as pessoas mais temem e sofrem para fazer com que fique do jeito certo. Usando os recursos mais básicos de formatação (fonte, recuo, parágrafo, alinhamento) é quase impossível ter sucesso. Feito desse jeito, o sumário (ou tabela de conteúdo) fica parecendo que foi feito “a facão”. Mas, como se diz, para (quase) tudo, há uma solução. E, na computação, assim como na natureza, nada se cria, tudo se copia.
O milagre para fazer sumários ficarem no seu devido lugar, do jeito que deve ser é um recurso do Word chamado de Estilo. Então, antes de falar do sumário, apresentarei este recurso.

Formatação usando a ferramenta Estilo no Microsoft Word

Na aba Página Inicial do Microsoft Word, a quarta seção da barra de ferramentas (ribbon), logo após Parágrafo, é chamada Estilo. É ela que usaremos para formatar nossos estilos.
Ferramenta de formatação de Estilo no Microsoft Word
Mas o que é um estilo? Estilo é uma formatação pré-configurada. É um conjunto de formatações de texto (tipo e tamanho de fonte, alinhamento do texto, espaçamento, parágrafo, recuo, numeração e tantas outras) determinadas e salvas com um nome qualquer. Assim, quando sabemos que usaremos uma mesma formatação de texto em várias seções ao longo do nosso documento, salvamos esta formatação em um estilo. Quando quisermos aplicá-la, basta selecionar este estilo no barra de estilos. Isto economiza muito tempo.
O Word já vem com vários estilos configurados de fábrica. Muitos deles não me agradam e também não seguem as normas ABNT. Vamos, então, criar nosso primeiro estilo.
Como no sumário aparecem os títulos das seções primárias e subseções do trabalho, faremos a formatação do estilo de um título. Para títulos, a ABNT exige que:
  • O indicativo numérico seja expresso em algarismo arábico e preceda seu título por um espaço de caractere;
  • Alinhado à esquerda;
  • Os títulos das seções primárias devem começar em página ímpar;
  • Após o título da seções primárias e antes e após os títulos das subseções deve haver um espaço entre as linhas de 1,5;
  • Títulos que ocupam mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.
Encontre a barra de formatação de estilos no Word. No canto inferior direito dela há um ícone com um traço horizontal e uma seta para baixo. Clique neste ícone. A barra de estilos será expandida e você poderá ver uma quantidade maior de estilo (cada estilo possui o seu próprio ícone quadrado).
Como eu disse antes, o Word já possui alguns estilos configurados. Entre eles, estão os estilos de título: Título 1, para as seções primárias; Título 2, Título 3, e assim por diante, para as subseções. Encontre o estilo Título 1.
Formatar estilo Título 1
Clique com o botão direito sobre o ícone de Título 1 e depois clique em Modificar.
Janela Modificar Estilo do Microsoft Word
Nessa janela podemos configurar o que quisermos no estilo. Para o nosso estilo Título 1 atender aos requisitos da ABNT temos que alterar o seguinte:
  • Na seção formatação, mude o tipo da fonte para Arial (ou Times New Roman, se seu documento foi escrito nessa fonte);
  • Na seção formatação, mude o tamanho da fonte para 12;
  • Na seção formatação, a opção de deixar o texto do título em negrito é opcional.
No canto inferior esquerdo da janela, clique no botão Formatar e, em seguida, em Numeração….
Janela formatar estilo numeracao
Na janela que se abre, clique no primeiro ícone da coluna do meio (à direita de “Nenhum”). Depois clique em Definir Novo Formato de Número….
Formatar estilo definir novo formato de numero
No campo Formato do número:, apague o ponto após o número um. Clique no botão OK das duas janelas de numeração.
Clique novamente no botão Formatar e, em seguida, em Parágrafo…. Configure esta janela para que fique idêntica à imagem abaixo.
Formatar estilo - Formatar Paragrafo
Nesta mesma janela, mude para a aba Quebra de linha e de página. Faça com que ela fique igual à imagem seguinte.
Formatar estilo - Quebra de linha e de página
Se quiser, altere o nome do estilo para que o encontre facilmente depois. Após estas modificações, a janela de modificação do estilo deve ficar assim:
Janela Modificar Estilo Final
Clique no botão OK. Você acaba de configurar o seu primeiro estilo. Porém, até agora fizemos isso apenas para os títulos das seções primárias (Título 1). Agora precisamos fazer o mesmo para os títulos das subseções (Título 2 em diante). Como o procedimento é bem parecido, não explicitarei neste guia.
Agora vamos usar o conhecido jeitinho brasileiro para corrigir um pequeno problema. Talvez vocês tenham notado que a numeração que escolhemos para nossos títulos não estão configuradas para vários níveis. Isto é, o nível dois, do estilo Título 2 não será exibido com uma numeração de subnível do Título 1. Isso aconteceu porque não havia a opção de selecionar uma lista numerada de vários níveis ao configurar a numeração do estilo.
Para consertar isso, faça o seguinte:
  1. Escreva um texto qualquer (depois ele será apagado) em linhas diferentes como no exemplo abaixo. O número de linhas tem que ser igual à quantidade de níveis que você precisará no seu documento, que é igual à quantidade de estilos de título que você configurou;

  2. Clique na primeira linha e aplique o estilo Título 1, depois na segunda linha e aplique o estilo Título 2 até terminar os estilos e linhas. Como se vê, a lista não tem vários níveis;

  3. Clique na linha do primeiro nível da lista. Na aba Página inicial do Word, clique no ícone de Lista de vários níveis no grupo Parágrafo, selecione na Biblioteca de Listas a opção marcada abaixo;
  4. Configurar lista de varios niveis
  5. A lista agora já conta com numeração de vários níveis. Agora vamos atualizar nossos estilos de títulos para que eles incorporem este tipo de numeração. Clique na primeira linha (que tem estilo Título 1), depois clique com o botão direito sobre o ícone de Título 1 e, por fim, clique na primeira opção Atualizar Título 1 para Corresponder à Seleção.
    Mude para a segunda linha e repita a operação usando o estilo Título 2. Repita para todos os níveis e estilos que você pretende usar.
Deu um pouco de trabalho, mas seus estilos de títulos estão todos configurados. Agora pode apagar estas linhas que usamos para configurar os títulos.

Agora sim, inserindo e formatando o sumário

Após ter configurado todos os estilos de título que você vai precisar, vá até cada um dos títulos do seu trabalho, clique na linha dele e depois clique no ícone do estilo apropriado para este título. Você verá que o Word configura automaticamente todos os parâmetros de formatação de acordo com o que você determinou na configuração do estilo. Se seu texto já está escrito, faça isso para todos os títulos. Caso ainda esteja por escrever, faça à medida que escreve.
Lembre que tivemos todo esse trabalho com os estilos para poder inserir o sumário. Acredite, é mais prático e seguro fazer dessa forma do que tentar configurar cada título separadamente. Além disso, o Word entende quais elementos devem entrar no sumário e o atualiza automaticamente caso você mude seu documento.
Após o fim das palavras-chave do resumo em língua estrangeira, insira uma nova quebra de página. Na nova página em branco, coloque em letras maiúsculas e com alinhamento centralizado a palavra “SUMÁRIO”. Deixe de dois a quatro espaços de 1,5 entrelinha em branco. Finalmente, para inserir o sumário, vá para a aba Referências da barra de ferramentas. Clique em Sumário e depois em Inserir sumário….
Inserir sumario
Na janela que se abre, podemos formatar a exibição do nosso sumário.
Configurar sumario
Escolha o preenchimento de tabulação que preferir (a norma não determina nenhum específico). Depois clique no botão Modificar… no canto inferior direito.
Formatar fonte do sumario
Nessa janela formatamos a fonte que aparecerá no nosso sumário. O correto é usar a mesma fonte do resto do documento (Arial ou Times New Roman) e alinhar todo o texto à esquerda. Nesta nova janela, clique novamente no botão Modificar…. Na janela que se abre, configure para ficar igual à imagem abaixo.
Formatar fonte do sumario 2
Em seguida, clique no botão Formatar no canto e selecione Parágrafo…. Deixe esta janela como esta a seguir.

Clique nos botões OK até voltar para a tela de seleção dos estilos de sumários. Mude para o estilo Sumário 2 e repita o procedimento anterior. Faça isso para todos os estilos de sumário que pretende usar. Clique em OK nas duas janelas. O formato do sumário está terminado. Seu sumário já deve aparecer no documento.
A grande vantagem de usar sumários é a atualização automática que o Word oferece. Por exemplo, caso você resolva acrescentar figuras ou texto no seu documento depois de incluir o sumário e os capítulos mudarem de página, basta clicar com o botão direito sobre o sumário e selecionar a opção Atualiza campo, selecionar a opção Atualizar o índice inteiro e clicar em OK. Pronto, seu sumário foi atualizado com todas as mudanças e deve estar semelhante a este abaixo.
Sumario Formatado
Chegamos ao fim desta parte do guia passo a passo para formatar um trabalho acadêmico do início ao fim. Você tem alguma dica para simplificar alguma das etapas que mostramos aqui?

Formatar trabalhos acadêmicos 1ª parte

Formatar trabalhos acadêmicos (TCC/TFG, monografia, tese ou dissertação de mestrado) seguindo os padrões da ABNT parece ser algo impossível. Esta série completa sobre formatação de monografia do início ao fim mostrará que não é tão difícil quanto parece, apesar de todas as evidências contrárias.
logo-abnt
A margem não fica onde queremos, o recuo muda a cada parágrafo, a numeração insiste em ficar fora de sequência e o sumário se recusa a mostrar todos os tópicos do texto. São inúmeras — e irritantes — as dificuldades para formatar um trabalho acadêmico seguindo as normas. Tenha calma! Tudo tem solução. Basta acompanhar este passo a passo de formatação de monografia do início do fim.
Confesso que até pouco tempo atrás eu não sabia formatar todas as seções de um texto acadêmico (capa, índice, resumo, corpo do texto, referências bibliográficas, etc.) usando o Microsoft Word. Até que precisei escrever meu TCC do MBA em Gestão Empresarial, que concluí em 2009 pela FGV.
Procurei ajuda com amigos e na internet. Encontrei muitas explicações dos padrões adotados, tamanho e tipo de fonte, espaçamento entre linhas, modelos de capas, bibliografia e tudo o mais que compõe um trabalho deste tipo. No entanto, nenhuma explicação detalhada de como implementar todas estas regras — a parte técnica e chata — usando o Microsoft Word (ou qualquer outro editor de textos). Também encontrei muita discrepância entre informações, algumas erradas, outras baseadas em versões antigas da norma ABNT.
Para escrever este tutorial de formatação de monografias, foi usado o Microsoft Word 2007 SP2 em português do Brasil (PT-BR). Ainda que a interface deste editor de texto seja bem diferente da do Microsoft Word 2003 (ou anteriores) e do BrOffice.org, os nomes das opções de formatação são basicamente os mesmo. Assim, espero que este guia passo a passo seja de grande valia para todos.

Estrutura do tutorial

Este tutorial está dividido em três partes:
  1. Parte 1
    • Norma ABNT para trabalhos acadêmicos;
    • Estrutura de uma monografia;
    • Regras gerais de formatação;
      • Como formatar o tipo e o tamanho da fonte;
      • Como formatar o tamanho do papel;
      • Como formatar a margem;
      • Como formatar o parágrafo (recuos e espaçamento);
    • Formatação dos elementos pré-textuais;
      • Como formatar a capa;
      • Como formatar a folha de rosto;
  2. Parte 2
    • Formatação dos elementos pré-textuais (cont.);
      • Como formatar a folha de aprovação;
      • Como formatar o resumo na língua vernácula;
      • Como formatar o resumo na língua estrangeira;
      • Como inserir e formatar o sumário;
  3. Parte 3
    • Formatação dos elementos textuais;
      • Como formatar o corpo do texto;
    • Formatação dos elementos pós-textuais;
      • Como formatar as referências bibliográficas;
      • Como formatar apêndices;
      • Como formatar anexos;
    • Como inserir e formatar cabeçalho e rodapé;
      • Como inserir e formatar números de páginas;
      • Como inserir e formatar notas de rodapé;
As partes 2 e 3 ainda estão sendo escritas e serão publicadas nas próximas semanas.

Normas ABNT para trabalhos acadêmicos

Os padrões para trabalhos acadêmicos produzidos no Brasil são regidos pelas seguintes normas da ABNT:
  • ABNT NBR 14724:2005 – Informação e documentação — Trabalhos acadêmicos — Apresentação
  • ABNT NBR 6023:2002 – Informação e documentação – Referências – Elaboração
  • ABNT NBR 6024:2003 – Numeração progressiva das seções de um documento – Procedimento
  • ABNT NBR 6027:2003 – Sumário – Procedimento
  • ABNT NBR 6028:2003 – Resumos – Procedimento
  • ABNT NBR 6034:2004 – Preparação de índice de publicações – Procedimento
  • ABNT NBR 10520:2002 – Informação e documentação – Apresentação de citações em documentos
  • ABNT NBR 12225:2004 – Títulos de lombada – Procedimento
A internet está recheada de páginas detalhando os padrões determinados pelas normas ABNT. É bem mais prático buscar a informação destrinchada do que ler diretamente todas as normas. Um site que considero muito bom com esta informação é o tutorial Como fazer sua monografia, do Universia. Porém, a melhor opção é procurar no site da própria instituição de ensino pelas normas exigidas. Muitas vez elas fornecem até os padrões de capa, contra-capa e folha de aprovação já preenchidos.
Claro, quem preferir pode ler diretamente a norma pode comprar uma cópia na página da ABNT ou fazer uma busca no Google por arquivos PDF. Para economizar seu tempo, aqui vai um link direto para download da NBR 14724:2005.

Estrutura de uma monografia

O objetivo deste artigo não é dar dicas de como escrever uma monografia, mas sim de como formatá-la. Ainda assim, apresento aqui uma relação de todos os elementos de um trabalho acadêmico.
De acordo com a ABNT, a estrutura de uma tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.

Elementos pré-textuais:

  • Capa (obrigatório)
  • Lombada (opcional)
  • Folha de rosto (obrigatório)
  • Errata (opcional)
  • Folha de aprovação (obrigatório)
  • Dedicatória(s) (opcional)
  • Agradecimento(s) (opcional)
  • Epígrafe (opcional)
  • Resumo na língua vernácula (obrigatório)
  • Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
  • Lista de ilustrações (opcional)
  • Lista de tabelas (opcional)
  • Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
  • Lista de símbolos (opcional)
  • Sumário (obrigatório)

Elementos textuais:

  • Introdução
  • Desenvolvimento
  • Conclusão

Elementos pós-textuais:

  • Referências (obrigatório)
  • Glossário (opcional)
  • Apêndice(s) (opcional)
  • Anexo(s) (opcional)
  • Índice(s) (opcional)
Neste artigo explicaremos como formatar todos os elementos obrigatórios e os opcionais mais utilizados. Contudo, os passos para formatar os outros elementos são bem semelhantes e qualquer um que leia atentamente este tutorial conseguirá fazer os demais por conta própria.
Agora vamos colocar a mão na massa — que, aliás, é o foco deste texto.

Regras gerais de formatação

Algumas regras de formatação definidas pela norma se aplicam a todo o documento. Três delas merecem ser configuradas logo no início, antes de digitar qualquer letra. São elas: tamanho e tipo da fonte, tamanho do papel, margens e parágrafo (recuo e espaçamento).
Já outras são deixadas a cargo do autor. De acordo com a norma ABNT, “O projeto gráfico é de responsabilidade do autor do trabalho.” Ou seja, tudo que não estiver explicitamente definido nas normas pode ser escolhido livremente pelo autor.

Como formatar o tipo e o tamanho da fonte

Estas são duas das configurações mais elementares de um texto. Para ajustá-las, na guia Início do Microsoft Word 2007 (a que é exibida quando se abre o programa), procure o campo Fonte.
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A ABNT não especifica o tipo de fonte. Contudo é comum usar Times New Roman ou Arial. Portanto, digite ou selecione da lista a fonte Times New Roman ou Arial — as duas aceitas pela norma ABNT. O tamanho de fonte recomendado é 12 pt.
A exceção é para citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas de ilustrações e tabelas, que “devem ser digitadas em tamanho menor e uniforme”. Sugiro que seja utilizado tamanho 10 nestes casos, porém o autor pode usar o que melhor lhe convier. Veremos como fazer isto de uma forma bem prática mais adiante.

Como formatar o tamanho do papel

Configurar o tamanho do papel é uma das formatações mais fáceis de se fazer. Basta selecionar a guia Layout da Página e clicar em Tamanho.
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A ABNT determina que todo trabalho acadêmico seja escrito em papel A4. Portanto, selecione a opção A4 210 x 297 mm no menu pop-up e seu papel está corretamente configurado.

Como formatar a margem

Na mesma guia Layout da Página, clique em Margens e depois em Margens Personalizadas…
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Na janela que se abre, digite o padrão definido pela ABNT nos respectivos campos: margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm.
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Clique no botão OK e suas margens estarão configuradas.

Como formatar o parágrafo (recuos e espaçamento)

As configurações de parágrafo não são idênticas para toda a monografia, mas, para todo o corpo do texto, mantém a mesma formatação. Por isso, vale a pena configurá-lo desde o início do desenvolvimento do trabalho. Quando configurações específicas de uma determinada seção for necessária, podemos fazê-las sem dificuldade.
O primeiro passo é abrir a janela Parágrafo. Para isso, ainda na guia Layout da Página, procure o campo Espaçamento. Clique no pequeno ícone no canto inferior direito deste campo.
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A janela Parágrafo será aberta. Nela, três coisas serão configuradas: alinhamento, recuo e espaçamento.
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Alinhamento – Para o alinhamento, basta selecionar Justificada e manter o campo Nível do tópico com Corpo de texto.
Recuo – A norma deixa a maior parte das configurações de recuo a cargo do autor. A única exigência feita é para citações diretas ou longas (mais de três linhas). Nestes casos, ela exige um recuo de 4 cm da margem esquerda — veremos mais adiante como fazer isso facilmente.
Para a primeira linha, recomendo que seja utilizado 1,25 cm. Isto é feito selecionando Primeira linha no campo Especial e digitando 1,25 no campo Por (veja figura acima).
Os recuos à esquerda e à direita devem ser mantidos em zero, com exceção dos casos de citações descritos acima.
Espaçamento – Também chamado de espacejamento (inclusive pela própria ABNT), o espaçamento também é muito fácil de ser configurado. Contudo, vale uma rápida observação. Na nomenclatura utilizada no Microsoft Word, Espaçamento é o espaço antes e após os parágrafos — daí os dois campos Antes e Depois. Já o Espaçamento entre linhas é a distância entre cada linha dentro de um mesmo parágrafo.
A norma determina apenas o espaçamento entre títulos de seções e os parágrafos que os antecedem e sucedem — dois espaços de 1,5 entrelinha. Como expliquei antes, o espaçamento antes e depois desta janela parágrafo é entre parágrafos, e não entre parágrafos e títulos. Portanto, ambos devem ser mantidos em zero. Veremos como formatar o espacejamento entre títulos mais adiante.
Para ficar de acordo com a ABNT, o espaçamento entre linhas deve ser configurado em 1,5. Basta selecionar 1,5 linhas no campo Espaçamento entre linhas. Deixe o campo Em em branco.
Clique no botão OK e seu parágrafo estará formatado.

Formatação dos elementos pré-textuais

Agora que as formatações gerais estão concluídas, vamos passar para a formatação do elementos pré-textuais.
Aqui, mais uma vez, a norma deixa boa parte das opções a cargo do autor. Porém, com o uso, boa parte delas acabaram se tornando padrão e são vistas com mais frequência nas monografias e demais trabalhos acadêmicos.

Como formatar a capa

A norma exige que as informações abaixo sejam transcritas na seguinte ordem:
  • nome da instituição (opcional);
  • nome do autor;
  • título;
  • subtítulo, se houver;
  • número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do respectivo volume);
  • local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
  • ano de depósito (da entrega).
Como ela não define a formatação específica dessas informações, podemos usar o que quisermos, desde que estejamos de acordo com as regras gerais vistas anteriormente.
As seguintes configurações são usuais:
Geral – Alinhamento do texto centralizado; tipo e tamanho de fonte iguais ao do restante do texto; sem recuo algum, nem mesmo para a primeira linha do parágrafo.
Nome da instituição – Escrever todo em maiúsculas, começando na primeira linha da página. Caso seja necessário escrever nome do departamento ou algo semelhante, escreva um por linha.
Nome do autor – Deixar entre dois e quatro espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do nome da instituição. Na linha seguinte, escrever o nome do autor. Caso haja mais de um autor, colocar um por linha.
Título – Deixar entre doze e quinze espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do nome do autor (a ideia é que o título fique verticalmente no centro da capa). Na linha seguinte, escrever o título do trabalho todo em maiúsculas. Caso haja subtítulo, deve ser escrito uma linha abaixo, porém apenas com a primeira letra em maiúscula.
Local e ano – Deixar entre doze e quinze espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do nome do título (novamente, a ideia é que o título fique verticalmente no centro da capa). Na linha seguinte, escrever a cidade onde o trabalho será apresentado. Na linha abaixo, escrever o ano. A linha que contém o ano deve ser a última da capa.
Número de volumes – Caso o trabalho tenha mais de um volume, a capa de cada um deles deve especificar o respectivo volume. Este deve ser escrito entre o título e o local, lembrando de deixar o primeiro verticalmente no centro da capa e o ano na última linha.
A figura abaixo mostra a aparência geral de uma capa usando os formatos acima.
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Como inserir uma quebra de página

Farei um parênteses na sequência do artigo para explicar algo muito importante: quebra de página.
O que você faz quando um capítulo termina no meio da página e deseja começar o próximo capítulo na página seguinte? Aperta a tecla Enter até que o cursor chegue na primeira linha da próxima página, certo? Errado!
A maneira correta de fazer isso é inserindo uma quebra de página. Quebra de página nada mais é do que uma indicação para o editor de texto de que o conteúdo a ser escrito numa determinada página acabou. Tudo o que for escrito a partir daquele ponto deve aparecer numa nova página em branco.
Portanto, para separar todos os elementos de uma monografia, TCC, tese, dissertação ou qualquer outro trabalho acadêmico, use quebras de página. Essa regra vale para separar capa da folha de rosto, do sumário, da folha de aprovação e, inclusive, capítulos. A norma exige que títulos de seções — ou seja, de diferentes capítulos — apareçam na primeira linha da página.
Existe mais de uma forma de inserir quebras de página. Cada uma funciona melhor em uma situação. Apresentarei as alternativas à medida que forem sendo necessárias.
Por ora, vamos inserir a quebra de página manualmente. Para isso, posicione o cursor após a última palavra de uma página — no nosso caso, o ano. Vá até a guia Inserir e, na seção Páginas, clique Quebra de Página.
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Como estávamos na última linha da página antes de inserir a quebra de página, talvez seja necessário apagar um entrelinha que o Word cria automaticamente quando inserimos a quebra. Uma forma fácil de verificar isso é clicar no ícone Mostrar Tudo.
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Como formatar a folha de rosto

Agora que inserimos nossa primeira quebra de página, ou seja, separamos a capa de todo o restante do texto, podemos fazer a folha de rosto.
A ABNT exige os elementos na ordem abaixo:
  • nome do autor;
  • título;
  • subtítulo, se houver;
  • número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do respectivo volume);
  • natureza e objetivo;
  • nome do orientador e, se houver, do co-orientador;
  • local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
  • ano de depósito (da entrega)
Para formatá-los siga as regras seguintes:
Geral – Alinhamento do texto centralizado; tipo e tamanho de fonte iguais ao do restante do texto; sem recuo algum, nem mesmo para a primeira linha do parágrafo.
Nome do autor – Deixar entre quatro e seis espaços de 1,5 entrelinhas da margem superior. Na linha seguinte, escrever o nome do autor. Caso haja mais de um autor, colocar um por linha.
Título – Deixar entre quatro e seis espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do nome do autor. Na linha seguinte, escrever o título do trabalho todo em maiúsculas. Caso haja subtítulo, deve ser escrito uma linha abaixo, porém apenas com a primeira letra em maiúscula.
Natureza e objetivo – Deixar dois espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do título. A norma exige que este elemento fique posicionado do meio da página para a direita. Para isso, vá novamente na janela de formatação de parágrafo (veja acima nas regras gerais). No campo Recuo – Esquerda digite 8,15 cm e clique em OK.
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Na linha seguinte, escrever a natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido; área de concentração.
Nome do orientador – Deixar entre dois e três espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do objetivo. Na linha seguinte, escrever o nome do orientador, caso exista.
Local e ano – Deixar entre quatro e seis espaços de 1,5 entrelinhas após a última linha do nome do orientador. Na linha seguinte, escrever a cidade onde o trabalho será apresentado. Na linha abaixo, escrever o ano. A linha que contém o ano deve ser a última da capa.
A figura abaixo mostra a aparência geral de uma folha de rosto usando os formatos acima.
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A Parte 1 termina aqui. Para continuar o desenvolvimento de seu trabalho acadêmico, siga para a parte 2.